Poze do Rodo: ‘Meus filhos têm trauma de polícia. A polícia do RJ não gosta de mim, e o tratamento aos meus fãs foi spray de pimenta’

  • 04/06/2025
(Foto: Reprodução)
Cantor foi beneficiado por uma decisão da Segunda Câmara Criminal. Multidão se aglomerou em frente a Bangu 3. Vivi e Poze comemoram a saída do cantor da prisão O cantor Marlon Brendon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo, foi solto no começo da tarde desta terça-feira (3) após 5 dias preso. Em liberdade, fez críticas à Polícia Militar e à Polícia Civil do RJ. Poze estava detido preventivamente no presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó, e foi beneficiado por um habeas corpus, que determinou a sua soltura mediante o cumprimento de medidas cautelares (veja abaixo). Centenas de fãs foram recebê-lo na porta da cadeia, e houve tumulto. Primeiro, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) teve que instalar grades para conter a multidão. A PM usou spray de pimenta para abrir caminho, e depois que Poze foi embora, até bombas de efeito foram jogadas. Após o incidente, Poze falou com a imprensa. “Eu sou trabalhador e artista. Inclusive, eu saindo lá agora, uma recepção maravilhosa, de milhares de fãs, e o tratamento foi spray de pimenta e tiro de borracha na cara. Aí eu me pergunto: Eu que sou bandido?”, declarou. “Por que eles estão fazendo isso comigo? Por que eu sou preto, por que eu sou favelado?” Veja o que mais Poze disse. Sobre os recentes mandados de busca na residência dele — o último, inclusive, foi horas antes da soltura, contra a mulher, Vivi Noronha: “Meus filhos pequenos têm trauma de polícia. Se meus filhos veem a polícia, meus filhos choram. Meus filhos estão com trauma de vocês. Vocês não param de vir aqui em casa. Me deixem em paz!” “Eu tive minha luta, fui atrás, corri para construir meu castelo. Não é com dinheiro de nada de errado, não. É com a minha luta, com o meu show. Mais uma vez provamos para vocês que eu sou artista. Então, parem de me perseguir e parem de atacar meus fãs.” “Era para estar uma sensação maravilhosa, só não está por causa do tratamento da polícia do Rio de Janeiro. A polícia do Rio de Janeiro não gosta de mim e faz isso daí que você está vendo. Spray de pimenta nos meus fãs? Tiro de borracha nos meus fãs? Bomba nos meus fãs? Para quê? O que eles estão fazendo de crime? Quem é criminoso ali que está ali agora?” “Não tem traficante aqui não. Aí eu pergunto para vocês, quem é traficante? É nós? Tem certeza?” No fim, declarou-se para a esposa. “Ela é a responsável por isso, é o amor da minha vida!” O g1 perguntou se a PM e a Civil queriam se manifestar. Resposta da PM: “A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, nesta terça-feira (03/06), policiais militares do 14º BPM atuaram em uma manifestação nas proximidades do Complexo Penitenciário de Gericinó. Diante do início de atos de vandalismo, as equipes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM) foram acionadas para reforçar o policiamento no local. Foram empregados os meios necessários para conter e dispersar os manifestantes, a fim de restabelecer a ordem e garantir a segurança da região. Um homem foi conduzido para a 34ª DP por praticar atos de vandalismo.” A Polícia Civil ainda não comentou. Poze comemora a saída da prisão no Rio Poze sobe no carro após ser solto Reprodução/TV Globo Poze abraça Viviane após ser solto Victor Chapetta/Agnews Poze comemora após ser solto Victor Chapetta/Agnews MC Poze é solto após cinco dias preso Reprodução TV Globo Poze comemora a saída do presídio Reprodução/TV Globo Viviane e Poze comemoram soltura do cantor Victor Chapetta/Agnews Poze do Rodo a caminho da saída do presídio Divulgação Poze e Vivi Noronha comemoram após saída de Poze do presídio Reprodução Fãs acompanham Poze de moto após saída de presídio Reprodução/TV Globo Oruam fica em cima de ônibus na porta de presídio Justiça manda soltar Poze do Rodo Poze foi preso no último dia 29 de maio por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do RJ. Ele estava na casa onde vive com a mulher, a empresária e influenciadora Viviane Noronha, e 3 filhos no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O cantor é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas. Segundo a polícia, o cantor também é investigado por lavar dinheiro do tráfico, mais especificamente da facção Comando Vermelho. A decisão do desembargador Peterson Barroso, da Segunda Câmara Criminal, afirmou que a medida de prisão não se sustentava, pois não ficou demonstrada a imprescindibilidade da prisão para a investigação. Após ser solto, o MC terá que cumprir as seguintes medidas: comparecimento mensal em juízo até o dia 10 de cada mês para informar e justificar suas atividades; não se ausentar da Comarca enquanto perdurar a análise do mérito deste habeas corpus; permanecer à disposição da Justiça informando telefone para contato imediato caso seja necessário; proibição de mudar-se de endereço sem comunicar ao Juízo; proibição de comunicar-se com pessoas investigadas pelos fatos envolvidos neste inquérito, testemunhas, bem como pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho; obrigação de entregar o passaporte à Secretaria do Juízo originário. 📸Clique aqui e siga o perfil do RJ1 no Instagram ✅Siga o canal do g1 Rio no WhatsApp e receba as notícias do Grande Rio direto no seu celular! Fãs levam alimentos para porta de presídio para montar cesta básica na saída do Poze Redes sociais Quem é Poze do Rodo, cantor preso por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico Relembre a prisão Poze do Rodo foi preso por quê? Entenda as suspeitas de apologia ao crime O MC foi preso na quinta-feira passada (29) por agentes da DRE por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. Segundo a polícia, o cantor também é investigado por lavar dinheiro do tráfico, mais especificamente da facção Comando Vermelho. Policiais cumpriram o mandado de prisão temporária na casa dele, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, Poze realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV), com a presença ostensiva de traficantes armados com fuzis, a fim de garantir a “segurança” do artista e do evento. Ainda de acordo com a DRE, o repertório das músicas de Poze “faz clara apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas de fogo” e “incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”. A delegacia afirma que shows de Poze são estrategicamente utilizados pela facção “para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes”. “A Polícia Civil reforça que as letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e os financiadores diretos dos eventos criminosos”, declarou a instituição. O RJ2 mostrou no último dia 19 que a DRE tinha aberto uma investigação depois que vídeos de um baile funk na Cidade de Deus, na Zona Oeste, onde Poze se apresentava viralizaram. Criminosos assistiam ao show de Poze exibindo fuzis e ainda filmavam, sem qualquer tipo de disfarce ou receio de serem identificados. O show, no qual o cantor entoou diversas músicas enaltecendo o CV, ocorreu dias antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em uma operação policial na comunidade. Aquele não tinha sido o 1º baile de Poze com a presença de traficantes armados. Em 2020, por exemplo, o MC foi visto em um evento semelhante no Jacaré. Segundo a polícia, outros artistas também são investigados por apologia ao tráfico. O advogado Fernando Henrique Cardoso, que representa, Poze do Rodo, Cabelinho e Oruam, afirmou que existe uma narrativa de perseguição a determinados gêneros musicais e lembrou que, inicialmente, o samba também foi criminalizado. "Em relação a isso, essa narrativa de pesquisar determinado gênero musical, cena artística, primeiro o samba foi criminalizado. Isso não é novo. Essas supostas falas da polícia fazem parte de uma narrativa que criminaliza e exclui as manifestações artísticas”, falou o advogado. Declaração de ligação com o CV Prontuário de Poze do Rodo Reprodução/TV Globo Ao dar entrada no sistema penitenciário, Poze afirmou para a Seap ter ligação com a facção Comando Vermelho. Toda pessoa que entra no sistema penitenciário fluminense precisa preencher uma ficha com informações básicas sobre a prisão. Um dos campos, “ideologia declarada”, diz respeito à facção à qual esse preso diz pertencer. Não se trata de uma confissão de culpa: a fim de evitar conflitos, as cadeias do RJ também são divididas entre facções. Uma unidade, por exemplo, abriga só presos declarados do Comando Vermelho, longe das alas que recebem os rivais do Terceiro Comando Puro. O g1 teve acesso ao prontuário preenchido pelo cantor. O MC marcou a opção Comando Vermelho. Com a declaração, ele foi transferido para Bangu 3 — uma das unidades prisionais que abrigam integrantes do Comando Vermelho (CV).

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/06/04/o-que-disse-mc-poze-do-rodo-ao-sair-da-cadeia.ghtml


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